sábado, 24 de setembro de 2011

Um sonho




É tardinha; a natureza boceja.
O sol foge aos pouquinhos e tomba cansado aconchegando-se no horizonte.
O vento sopra.
Uma onda de tristeza envolve meu ser.
A natureza é calma; só ouço o soprar do vento que zumbindo, acaricia as árvores.
Caí pouco a pouco a noite.
Vejo uma onda escura escura que envolve a terra
Surge a lua; uma grande bola prateada que cintila entre mil estrelas e eu estou sozinha.
Vejo cada vez mais perto tua imagem; e te aproximas de mim.
Corro ao teu encontro e sinto que desperto.
Choro e minhas lágrimas correm desesperadas, passam por meu rosto, talvez descobrindo que também sonhavam
.E é tão doce sonhar.
Olho as estrelas; contemplo uma constelação e penso...
Elas são tantas que não conseguiria contá-las.
Quem sabe não estão mais sós que eu?
E o vento sopra mais e mais desesperado, como se quisesse com sua ternura desordenada apagar de mim lembranças.
Sinto frio.
Meus cabelos voam como como implorando liberdade.
Estou descalça.
Meus pés estão frios; e eu ando ligeiro .
As lágrimas, como com medo de uma figurinha frágil como eu, vão com o vento.
Sinto meus pés como se pisassem em nuvens.
Caminho na areia.
Caí o sereno.
O mar multicor, com seu ruído, chega até mim.
As ondas quebram-se.
Vejo ao longe a lua que, mais prateada que a espuma do mar, me faz sonhar.
E eu choro baixinho; lembrando quanto é bela a natureza.
Sinto-me fraca. Caio e lamento. Apuro o passo e penso...
Para você eu reservei um carinho feito de amor infinito.
Vejo a paz.
Olho em frente e noto luzes.
Vejo multidão.
É movimento.
Carro que vai carro que vem.
Gente que ri, que passa, que fala.
Sinto-me ainda mais só.
Um carro que freia...
E, sem querer, como a tarde, eu
morro.


Bia.

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